Como se adaptar a essa realidade com as crianças em casa? Separamos algumas dicas de diversão para ter com os filhos, em tempos em que é melhor permanecer na segurança das nossas casas.
Infelizmente, Fomos todos pegos de surpresa. A surpresa não foi nada boa. De repente, um grande vírus mundial invadiu as cidades fazendo com que escolas, comércio, cinemas e parques fechassem por longos meses. Parece enredo de filme, não é? Porém, não é. Eis a nossa mais nova realidade.
Os números preocupam as famílias
Números alarmantes no mundo todo e aqui no Brasil não foi diferente. Mais de 6 milhões de infectados pelo novo vírus SarsCov-2, dentre esses, mais de 160 mil brasileiros mortos pelas complicações do vírus.
Apesar da Covid-19 estabelecer alvos preferidos, como as pessoas maiores de 60 anos e aquelas com algumas outras doenças associadas, não podemos não considerar um número de pessoas (crianças e adolescentes) em idade escolar, um risco enorme de contaminação devido às aglomerações, confinamento em sala de aula e muito tempo de exposição um ao outro. Seria arriscado demais deixar tudo como estava.
Portanto, a solução preventiva foi o fechamento das escolas desde Março de 2020. Em algumas cidades brasileiras está acontecendo a flexibilização das normas e a volta às aulas sendo restabelecida, mas não compulsoriamente. Ou seja, as aulas presencias ainda não são obrigatórias e mesmo assim, a Educação Infantil ainda está totalmente fora desse contexto de retorno às aulas.
Logo, nossas crianças (0 a 13 anos) vivenciam, junto ao resto do mundo, uma grande questão geracional. Uma situação ímpar em anos e anos de História mundial segue sendo enfrentada também por nossos pequenos, por estarem todos em casa e isolados de qualquer aproximação.
Este tipo de postura – fundamental na luta contra o vírus, mas nociva para o bem estar mental das pessoas – traz tantos males psicológicos e comportamentais para nós, adultos, imaginem toda essa tensão sobre as nossas crianças?
Pais tiveram, portanto, que se desdobrar para driblar o tédio e o ócio e garantir a saúde mental dos seus filhos. Afinal, seres humanos só são humanos, devido a sua interação com seus iguais. Um humano isolado, sem contato com outro, não desenvolve sozinho a sua humanidade. Eis um fato: seres humanos precisam uns dos outros. Somos seres sociais por excelência.
Portanto, esse texto pode ajudar papais e mamães a interagir melhor com seus pequenos durante esse período triste da nossa humanidade, mas também pode ficar como ensinamento para que mantenhamos a atenção e a ligação plena com as nossas crianças.
Vamos para as dicas?!
Dica 1: Monte um cronograma de atividades.
Pense em atividades divertidas, acessíveis e baratas que possam preencher determinado horário das crianças. Pense em atividades que elas gostariam que fossem feitas e faça as adaptações para a idade delas e para o espaço que tenha disponível em casa. Exemplos: seu filho gosta de jogar futebol? Pense em atividades que utilizem a bola como ferramenta, mas que não seja futebol sempre. Anote tudo isso e reserve horários específicos adequados para cada brincadeira. Até para brincar é bom ter um mínimo de disciplina.
Dica 2: Utilize materiais que possam ser facilmente conseguidos em casa.
Exemplos: papelão, copo descartável, bexiga, garrafa pet, lápis, caneta, papel, rolo de papel higiênico, giz, cordão, elástico, tecido (que pode vir de roupas muito velhas), canudo, caixas de sapato, brinquedos antigos, tinta lavável (em casa dá para produzir a sua própria tinta também!), música, assobio, instrumento musical… enfim. Há uma infinidade de materiais e métodos que podem ser trabalhados. Escolha um para cada dia, por exemplo.
Dica 3: Doe seu tempo!
Crianças adoram quando sentem que estão sendo ouvidas e contempladas. Elas se interessam por quem tem interesse nelas. Elas são observadoras para isso, podem acreditar! Proporcionar um tempo de qualidade com seus filhos pode gerar maior intimidade e confiança na relação pais e filhos.
Dica 4: Volte aos velhos tempos!
Utilize brincadeiras antigas também, muitas delas são bem conhecidas: amarelinha, adedonha, passa-anel, seu rei mandou dizer (o mestre mandou) pular corda, bambolê ou esconde-esconde.
Dica 5: Pesquise opções de brincadeiras pela internet:
Hoje em dia ficou tudo mais fácil para realizar qualquer tipo de pesquisa, e para esse intento não seria diferente. Ou seja, use as ferramentas de busca na internet para ajudar nas ideias de brincadeiras com as crianças.
Pesquise! Há uma infinidade de projetos e dicas para aprender brincando que valem muito a pena por tudo em prática.
Dica 6: Estimule a leitura.
A leitura em grupo, ou uma boa representação de historinhas lidas em conjunto é uma ótima para uma diversão de qualidade. Porém, a leitura também pode ser uma ótima aliada para desacelerar o ritmo, ou seja, pode ser adotada no período noturno, quando as crianças estão sendo desestressadas para uma boa noite de sono. A escuta de historinhas para os que ainda não sabem ler, ou a leitura em voz alta dos que estão sendo alfabetizados é muito salutar e pródiga. Bora de historinhas?
Dica 7 e última dica: Desenvolva atividades físicas para seus pequenos.
Vamos gastar energia, liberar bons hormônios e ainda trabalhar a parte motora dessas crianças? O confinamento vai fazer com que seus filhos gastem menos energia, o que é ruim do ponto de vista da saúde física. Ou seja, dá para abordar brincadeiras que tirem as crianças do sofá, do celular ou tablet, ou do desenho do YouTube ou da plataforma de streaming.
Lembrando que, o horário de assistir pode existir, mas precisa haver regras e disciplina para que não se torne a única coisa que a criança faça o dia todo.
Mexendo o esqueleto
Bora deixar a preguiça de lado e se exercitar? Óbvio que, se for brincando, eles não vão nem sentir. Cabe aqui, aos pais diversificarem nisso também. A liberação de energia é primordial na saúde total de todo ser humano.
Portanto, acho que agora já dá para por nossas dicas em prática e utilizá-las não somente durante essa pandemia, mas que sirva de norte para que os pais aproveitem mais o tempo com seus filhos e, além disso, desenvolvam suas habilidade e capacidades despretensiosamente e da melhor forma possível: que é brincando!
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